Quer saber como se preparar para uma entrevista de emprego? Este pode ser um dos momentos de maior pressão quando estamos buscando um posto de trabalho.
Para ir bem nessa etapa, o candidato precisa se preparar. São muitos detalhes e pontos a desenvolver – deixar tudo para a última hora, ou “improvisar”, pode ser arriscado.
Essa preparação não deve começar na véspera. Na realidade, ela começa com o currículo, que guiará a conversa com o recrutador. Nele, procure apresentar resultados, além das habilidades e conhecimentos. Treine contar e explicar cada um dos pontos que você descreve no documento.
E também saiba resumir a sua trajetória em poucos minutos, sem esquecer de passar pelos momentos ou fatos mais relevantes.
Não deixe de pesquisar a empresa. Além de, na maior parte das entrevistas, os recrutadores perguntarem sobre o que o profissional sabe, aprender sobre a companhia ajuda a entender de quem ela precisa em seu quadro de funcionários. É de alguém que lida bem com autonomia e rapidez? Ou de quem trabalha muito bem em equipe?
Outra coisa a ser trabalhada é a confiança. Tudo bem estar nervoso, mas controle os sinais e os substitua com sinais de segurança e autoconfiança (o que é diferente de arrogância, cuidado!).
A seguir, confira tudo o que é preciso – desde à preparação, até o que fazer depois da entrevista de emprego.
Como se preparar para uma entrevista de emprego
O autoconhecimento é um dos pontos mais relevantes, porque influencia diretamente em como a pessoa conta a sua história. É importante ter clareza sobre a trajetória, experiências anteriores relevantes, pontos a desenvolver, erros do passado, limitações e ter um plano, pelo menos de curto prazo, para a carreira.
Também é possível treinar para os testes online, como os de capacidade analítica, inteligência espacial, análise crítica de texto e até resolução de cases. Busque referências na internet! Você pode pesquisar por testes de lógica, de inglês ou desafios de cases. .
Não basta só se conhecer, você precisa saber contar a sua história. Afine sua habilidade de "storytelling". Se tem uma frase que com certeza será dita durante a entrevista de emprego é: “Me fale sobre você”. Por isso, saiba narrar sua trajetória de forma “curta”, tenha uma versão de 5 minutos, e “longa”, com cerca de 8 minutos.
Utilize o método STAR, um jeito de estruturar que ajuda na hora de narrar suas conquistas. STAR é um acrônimo para Situação, Tarefa, Ações e Resultado. Basicamente, é só seguir essa ordem ao narrar seus feitos. Assim, garante que nenhum ponto importante ficará de fora.
Atualmente, as companhias buscam candidatos que se adequem à sua cultura – o famoso “fit cultural” -, por isso é muito importante estudar sobre a organização para a qual se aplica. Além disso, é bom saber sobre o contexto da empresa, em específico. Estude os seguintes pontos:
- Macroeconomia: Você não precisa ser um expert, mas é bom saber como anda a situação política e econômica do Brasil. Qual a situação mundial? Qual é a aposta para ser a nova superpotência mundial?
- Indústria: Quem são os principais clientes no setor da empresa? E os principais concorrentes? Quem domina o mercado?
- Empresa: Como é a cultura da empresa? Sua missão, visão e valores? Como ela se comporta nas redes sociais? Como sua marca se posiciona? Quais seus principais produtos?
- Área/função: O que a área para qual você está se candidatando faz? Como se encaixa na empresa como um todo? Qual é o perfil dos profissionais? Como você pode contribuir para essa área?
Por fim – e, definitivamente, não menos importante – estude as perguntas mais básicas, sem se esquecer de se preparar para as mais difíceis. Não dá para prever as questões mais originais que o recrutador fará. Mas, tendo pesquisado sobre a empresa, você pode tentar se preparar para responder pontos que surjam.
Por exemplo, se autonomia é um foco da organização, pense em como explicaria como você lida com esse valor durante o dia a dia. E assim por diante. Confira essa lista de perguntas mais difíceis para se inspirar!
Como escapar de “saias justas”
Algumas saias-justas podem ser evitadas. Por exemplo: atrasos. Quem mora em lugares que têm trânsito diariamente, precisa sair mais cedo. Mas se acontecer, ligue para o recrutador quando perceber que não vai conseguir cumprir o horário e explique honestamente a situação. Dê espaço para ele decidir se espera você chegar, ou se remarca a entrevista de emprego.
Quando o entrevistador pergunta algo com que você não está confortável em responder, como sobre sua idade, avalie o contexto e responde com sinceridade.
“Se for muito mais velho do que a média dos profissionais da empresa, diga que isso não interfere na sua disposição para aprender. Se for muito mais jovem, deixe claro que tem maturidade suficiente para assumir a posição”.
Já no começo da conversa, você pode perceber que o entrevistador está sendo meio “frio”, ou mal-humorado. Lembre-se que ter dias ruins é comum e pode acontecer com todo mundo. Não encare como uma questão pessoal, relacionada a você, nem deixe que seu nervosismo aumente por conta disso.
Avalie o clima: tente “quebrar o gelo” com assuntos amenos no início da conversa e, se o interlocutor se mostrar fechado, foque em ser objetivo e dar respostas diretas.
Pensemos antes de irmos para a entrevista, já teremos passado por uma primeira seleção baseada no currículo. Ou seja, se nos chamaram para a entrevista, é porque somos sérios candidatos para a vaga; caso contrário, a empresa não gastaria recursos nos chamando para uma entrevista. Ou seja, o que vamos ganhar ou perder nesta fase depende de como responderemos às perguntas que nos façam.
Na entrevista, os recrutadores querem te conhecer pessoalmente, avaliar a imagem que você passa, como você se expressa, se sabe controlar o nervosismo e, obviamente, muitos outros aspectos relacionados direta ou indiretamente com a vaga para a qual você está se candidatando.
No fim das contas, cada entrevista, cada entrevistador e cada candidato são um mundo a parte. Neste sentido, a pessoa que normalmente fica com a vaga é aquela que tem uma maior habilidade para ler a própria entrevista e colocar em sintonia estas três partes.
Por psiquiatra Gisele Serpa
Por psiquiatra Gisele Serpa
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